Albuquerque (Francisco de).
Capitão duma das três esquadras que partiram para Índia, no ano de 1503.
As outras duas eram comandadas por Afonso de Albuquerque, de quem era primo, e António de Saldanha.
A esquadra de Francisco de Albuquerque foi a primeira a chegar à Índia; compunha-se de três naus, mas durante o caminho, uma dessas naus, a que era comandada por Pêro Vaz da Veiga, perdeu-se, e Francisco de Albuquerque chegou à ilha Angediva só com dois navios. Soube que o rei de Cochim estava gravemente embaraçado, lutando com poucas Torgas contra os exércitos do Samorim de Calecut, e correu em seu auxilio, conseguindo com a sua gente, reanimar as forças e os arámos, expulsar os inimigos, depois dalguns combates em que morreram dois chefes e muitos guardas do Samorim de Calecut. Afonso de Albuquerque chegara também a Cochim, e fora apresentado ao rei, que o recebeu amigavelmente, mostrando-se muito reconhecido pelo socorro que recebera. Tratou-se então de se construir uma fortaleza, formando uma cidadela portuguesa, onde se pudesse pôr guarnição e que a defendesse. O rei mostrou certa repugnância, ao princípio, mas depois cedeu, e a construção da fortaleza começou, encarregando-se Afonso de Albuquerque duma parte das obras e Francisco de Albuquerque doutra. Certas circunstâncias despertaram desinteligências entre os dois primos (V. Afonso de Albuquerque), mas afinal a fortaleza concluiu-se. Afonso de Albuquerque partiu para Coulão, e Francisco para Cananor, deixando entregue a guarda da fortaleza a Duarte Pacheco. Afonso voltou a Cochim, e, não encontrando o primo, partiu para Lisboa. Francisco foi mais infeliz, porque saindo de Cananor também com destino a Portugal, foi assaltado por uma tempestade, e nunca mais houve noticias a seu respeito. Das três naus, que compunham a esquadra, nenhuma delas voltou a Lisboa; a comandada por Pêro Vaz da Veiga perdeu-se à ida, e as outras duas no regresso.
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As outras duas eram comandadas por Afonso de Albuquerque, de quem era primo, e António de Saldanha.
A esquadra de Francisco de Albuquerque foi a primeira a chegar à Índia; compunha-se de três naus, mas durante o caminho, uma dessas naus, a que era comandada por Pêro Vaz da Veiga, perdeu-se, e Francisco de Albuquerque chegou à ilha Angediva só com dois navios. Soube que o rei de Cochim estava gravemente embaraçado, lutando com poucas Torgas contra os exércitos do Samorim de Calecut, e correu em seu auxilio, conseguindo com a sua gente, reanimar as forças e os arámos, expulsar os inimigos, depois dalguns combates em que morreram dois chefes e muitos guardas do Samorim de Calecut. Afonso de Albuquerque chegara também a Cochim, e fora apresentado ao rei, que o recebeu amigavelmente, mostrando-se muito reconhecido pelo socorro que recebera. Tratou-se então de se construir uma fortaleza, formando uma cidadela portuguesa, onde se pudesse pôr guarnição e que a defendesse. O rei mostrou certa repugnância, ao princípio, mas depois cedeu, e a construção da fortaleza começou, encarregando-se Afonso de Albuquerque duma parte das obras e Francisco de Albuquerque doutra. Certas circunstâncias despertaram desinteligências entre os dois primos (V. Afonso de Albuquerque), mas afinal a fortaleza concluiu-se. Afonso de Albuquerque partiu para Coulão, e Francisco para Cananor, deixando entregue a guarda da fortaleza a Duarte Pacheco. Afonso voltou a Cochim, e, não encontrando o primo, partiu para Lisboa. Francisco foi mais infeliz, porque saindo de Cananor também com destino a Portugal, foi assaltado por uma tempestade, e nunca mais houve noticias a seu respeito. Das três naus, que compunham a esquadra, nenhuma delas voltou a Lisboa; a comandada por Pêro Vaz da Veiga perdeu-se à ida, e as outras duas no regresso.
Transcrito por Manuel Amaral
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